O DIU Kyleena® é um novo DIU hormonal, em formato de T, que libera um hormônio, chamado levonorgestrel, um tipo de progesterona.
As diferenças entre os DIUs estão no tamanho e na quantidade de hormônio liberado.
O DIU Kyleena é menor, mede 30 mm de comprimento, por 28 mm de largura e 1,55 mm de espessura.
O DIU Mirena mede 32 mm de comprimento, por 32 mm de largura e 1,90 mm de espessura.
A diferença de tamanho é importante para mulheres que nunca tiveram filhos e adolescentes.
Quando o útero é pequeno para o tamanho do DIU, a mulher pode sentir mais desconforto e cólica, além de um DIU grande facilitar a penetração de alguma haste dentro do miométrio e, desta forma, penetrar parcialmente o útero.
O DIU Kyleena apresenta em seu interior 19,5 mg de progesterona armazenado e libera aproximadamente 15,3 mcg por dia de hormônio, enquanto o Mirena tem 52 mg de progesterona armazenado e libera 20 mcg por dia.
Como o Kyleena libera menos hormônio por dia, as pacientes mais sensíveis a ação da progesterona, apresentam menos efeitos colaterais, sem redução na efetividade contraceptiva.
•Espessamento do muco presente no colo uterino, impedindo a entrada dos espermatozoides no útero;
•Atrofia do endométrio, dificultando a implantação do embrião;
•Processo inflamatório no endométrio, causado pela presença do DIU dentro do útero, semelhante ao que acontece no DIU de cobre.
O Kyleena, assim como o Mirena, não impede a ovulação, considerados métodos de barreira.
•DIU ideal para ser utilizado em adolescentes e mulheres com úteros pequenos;
•Ausência de menstruação na maior parte das mulheres.
•Melhora a cólica menstrual;
•Apresentam um dos menores índices de falhas de todos os contraceptivos;
•Mecanismo de ação basicamente no útero e trompas (ovários continuam funcionando normalmente)
•Prazo de validade de 5 anos;
•Retorno imediato da fertilidade ao retirar o DIU;
•Pode ser usado durante a amamentação;
•Pode ser utilizado para mulheres com alto risco para trombose, diferentemente das pílulas anticoncepcionais combinadas.
•A colocação e remoção de qualquer DIU pode gerar desconforto;
•Não está disponível na rede pública;
•Ciclo menstrual imprevisível especialmente nos primeiros 6 meses após a colocação.
•Embora raro, pode acontecer uma perfuração do útero;
•O DIU pode ser expulso ou se deslocar, necessitando de controle médico.
•Não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (DSTs), como por exemplo o HIV (AIDS), sífilis e o HPV.
•Gravidez;
•Malformações no útero (motivo do ultrassom antes da inserção do DIU);
•Infecção aguda no útero ou trompas;
•Corrimento vaginal no dia da inserção;
•Sangramento vaginal de causa desconhecida.
•Infecção pós-parto ou aborto infectado nos últimos 3 meses;
•Tumor maligno no colo do útero ou útero;
•Tumores dependentes de progesterona;
•Doenças hepáticas agudas ou tumores de fígado.
Em geral colocamos o DIU guiado por ultrassom minimizando o risco na inserção, o acompanhamento de rotina deve permanecer regularmente.
Caso o DIU não esteja no lugar correto, pode-se reposicionar o DIU com uma pinça, por histeroscopia, ou retirar o DIU e colocar outro.
A melhor anestesia para a colocação do DIU segundo uma metanálise publicada em 2019 é um creme vaginal anestésico antes da inserção.
No consultório percebi grande melhora no desconforto das pacientes.
Nas mulheres que não querem sentir desconforto algum é possível a colocação do DIU Kyleena no centro cirúrgico, um procedimento rápido com duração de 5 minutos e realizado com sedação.
•Passo 1: consulta com avaliação de todas as questões ginecológicas e uma pequena aula de contracepção. Realização de um ultrassom transvaginal na clinica, coleta de papanicolau e solicitação de exames.
•Passo 2: com o resultado dos exames, é agendada a colocação do DIU Kyleena, sendo realizado um ultrassom imediatamente após a inserção, para a verificação do posicionamento do DIU.
Na clínica dispomos da inserção tanto do DIU não hormonal, quanto hormonal guiado por ultrassom.
Dra. Bruna Ghetti © Copyright 2020 – Todos os direitos reservados.